A resposta de enorme qualidade dada por Rúben Amorim será o suficiente para Jorge Jesus jogar na Grécia com três médios ? Não me parece e também não seria , na minha opinião , a melhor solução . É neste sistema ( dois médios ) que a equipa está rotinada e as alterações em jogos importantes raramente dão bons resultados. No principio deste blog cheguei a defender que Amorim podia ser uma espécie de Mascherano e actuar como central ao lado dum gigante como Luisão . Um Benfica sempre com bola e qualidade desde trás ; uma ideia pouco sensata , concedo .
Rúben Amorim é muito bom jogador , tacticamente é inteligente , tecnicamente é evoluído e tem uma excelente visão de jogo e capacidade de passe . Todavia , no esquema de JJ, o "6" precisa de ter uma agressividade que Amorim não possui . Acresce que o actual treinador do Benfica valoriza a estatura dos jogadores e , nesse particular , Fejsa leva vantagem .
Enzo é muito melhor jogador do que Amorim . Arrisco dizer que o argentino é um jogador de nível internacional que deveria ser titular na selecção argentina e que poderia sê-lo em qualquer das melhores equipas da Europa . Enzo é um extremo a jogar no centro que recebe e ultrapassa adversários criando desequilíbrios como muito poucos no futebol actual.
Nota-se , até pelas entrevistas , que Amorim se sente com o direito de ser titular . Para mim um jogador com o seu rendimento e qualidade é sempre titular quer jogue ou fique no banco . E é sempre muito importante.
JV,
ResponderEliminarAchei a tua ideia de adaptar um médio a central muito interessante, pois eu defendo algo do género já desde quando o Matic estava no Benfica. Por mim, e olhando para o trabalho do Guardiola este será o futuro no futebol, até porque defendo que as equipas mais fortes deveriam jogar em pressão alta, o que na prática será apenas necessário ter um defesa de raíz e o "segundo central" ser oriundo de uma formação como médio centro (defensivo).
«... o "6" precisa de ter uma agressividade que Amorim não possui...» Não concordo! Há várias formas de ser agressivo. E, nem todas contemplam estar a morder a língua quando se entra sobre um adversário. Penso que devemos todos recordar as críticas que apontávamos ao Matic quando ele substituiu o Javi Garcia. Era ouvir críticas do tipo "falta-lhe intensidade", "falta-lhe agressividade", etc e tal. Ainda ontem, em Paços de Ferreira vi o Rúben a sujar os calções (coisa que o Nené nem fazia lá na frente... =P) num corte em carrinho e a lançar o contra-ataque feito um Steven Gerrard. E quanto à estatura, é conforme já mencionei (no meu blogue)... são apenas 6 cms... por exemplo, é maior a diferença entre estaturas do Matic para o Fejsa do que do Fejsa para o Rúben Amorim.
«Enzo é muito melhor jogador do que Amorim.» Não consigo afirmar categoricamente o mesmo. Gosto imenso do Enzo, assim como gosto do Amorim. Se o Enzo por vezes é mais emoção e coração, o Amorim tem mais racional e calculista. Ambos são igualmente importantes num jogo. Tanto Enzo como o Rúben não são extremos ou médios defensivos, ou laterais... são sim jogadores de futebol. Fazem qualquer posição em campo e sempre com nota positiva. Já agora, as dificuldades que o Benfica tem quando joga um e outro na posição "8" são sensivelmente as mesmas. Já vi jogos do Benfica com Matic e Enzo a darem 45 minutos ap adversário, tal como ontem o Fejsa e o Amorim deram ao Paços de Ferreira, o que deveria merecer outra discussão.
Para mim, no melhor onze do Benfica estão lá as camisolas "6" e "35" no meio-campo. ;)
Abraço